2013 – “Para o armário nunca mais – União e conscientização na luta contra a homofobia.”
Numa tarde chuvosa de 02/06/2013 a Av. Paulista teve um publico de aproximadamente 4 milhões de pessoas na 17ª Parada do Orgulho LGBT, segundo os organizadores, sob o tema “Para o armário nunca mais – União e conscientização na luta contra a homofobia”, a Parada foi marcada por muitas manifestações de repúdio ao pastor e deputado Marco Feliciano, que tentava aprovar na Comissão de Direitos Humanos o projeto que autorizava tratamento psicológico e terapia para alterar a orientação sexual de homossexuais. O projeto, intitulado de “Cura Gay”, foi alvo constantes de protestos do movimento LGBT e de setores da sociedade civil.
“Não é só contra o Feliciano, é contra todos aqueles ‘infelicianos‘ que insistem em julgar os direitos dos outros em detrimento da sua heterossexualidade”, disse o ativista gay Nelson Matias, diretor da Associação da Parada do Orgulho GLBT (APOGLBT).
Matias reiterava que o pastor Marco Feliciano representava uma parte da sociedade formada por fundamentalista: “Vivemos uma época de retrocesso. Estamos vivendo como se estivéssemos na era das cavernas. Estado laico é colocado em dúvida. Não só os LGBTs, mas todos têm de lutar contra isso”, afirmava.

Cartaz trazia a programação do mês do Orgulho LGBT na Parada de 2013
“Não queremos voltar a viver em guetos ou ter nossas relações não reconhecidas”, afirma o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), Fernando Quaresma, que garante: “Para o armário a gente não volta mais. Para a clandestinidade e a marginalidade não voltamos mais”, dizia na reportagem do Brasil de Fato.
Para Quaresma em vez de retrocessos, o movimento reivindica avanços. “Queremos melhorias e a igualdade de direitos prevista em Constituição”, afirma. Uma das conquistas destacadas na reportagem foi à decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que em maio do mesmo ano, proibia cartórios de todo o país de recusar a celebração de casamento civil de pessoas do mesmo sexo ou de negar a conversão de união estável de homossexuais em casamento.
A parada contou com a presença de políticos como Fernando Haddad, Marta Suplicy e Jean Willys, somada a essas vozes esse ano a Parada trouxe em um dos trios elétricos a cantora Daniela Mercury que ao assumir sua união com a jornalista Malu Verçosa, se tornava referência na luta e resistência contra o preconceito.
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Por Alex Faria
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